Roma VS Cartago
Olá a todos! Foi-me dado o trabalho, de vos dar a conhecer o que são as "Guerras Púnicas" de que falamos na última aula, 5ª feira dia 17 de Outubro.Chamam-se guerras púnicas ás 3 guerras que ocorreram entre a républica de Roma e Cartago, no período de 264 a.c a 146 a.c.
Localizada no norte de África por volta do século III a.C. Cartago dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuíam diversas colónias na Sardenha, Córsega e a oeste da Sicília (ilhas ricas na produção de cereais), no sul de península Ibérica (onde exploravam minérios como a prata) e em toda costa setentrional da África.
Cartago e Roma antes das guerras
Até então não se adivinhavam quaisquer conflitos entre as duas cidades devido a existência de contratos comerciais e amizade. Mas Roma ambicionava mais, queria crescer e então surgiu o expansionismo romano que entrou em conflito com quaisquer contratos até então tratados.
Para roma se poder expandir teria então de obter primeiro a hegemonia económica, política e militar da Sicília e depois em todo o Mediterrâneo ocidental, importante meio de transporte de mercadorias naquela época.
A maior parte da Sicília era habitada por vários cartagineses, em luta constante com as colónias gregas da Magna Grécia, colónias essas que haviamsido anexadas pelos romanos(os portos do sul da península Itálica, Nápoles e Tarento (atual Taranto) colónias gregas rivais de Cartago, na Magna Grécia) tornaram-se interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável os romanos intervieram com as legiões, com o apoio de Siracusa, ocupando Messina. Os cartagineses declararam então guerra a Roma, e deu-se a primeira guerra púnica.
A primeira guerra púnica travou-se entre 264 e 241. Foi originada pela ocupação da Sicília, aliada de Roma, pelos Cartagineses, que eram apoiados por algumas pólis da Magna Grécia. Foram parcialmente derrotados em Mila, em 260. Porém, permaneceram tropas de Cartago no oeste da ilha. Em 256, Roma atacou Cartago, sem êxito. Os combates continuaram na Sicília, sucessivamente,até à vitória de Roma e a paz consequente em 241, pela qual Cartago se viu obrigada a abandonar a ilha.Com a pressão de Roma e os problemas no seio do exército cartaginês, maioritariamente formado po mercenários estrangeiros que por vezes se revoltavam (o ponto fraco da sua estrutura militar), Cartago retirou-e igualmente da Sardenha e da Córsega. Os governantes cartagineses viram-se assim compelidos a adotar uma política externa mais forte, com pendor expansionista.Esta orientação política provocará a segunda guerra púnica, ocorrida entre 218 e 201 a. C.. Teve início com o cerco cartaginês a Sagunto(Espanha), em 219, por Aníbal Barca, filho de uma das grandes famílias de Cartago. Aquela região ibérica situava-se já na órbita de influência de Roma. Depois de perder a Sicília, celeiro do Mediterrâneo antigo,Cartago optou pela Península Ibérica (237-219 a. C.). Neste último ano, Aníbal decidiu passar a Itália,protejo que foi inicialmente coroado por uma série de vitórias retumbantes de Cartago sobre os Romanos.Roma ficou ameaçada mas não caiu, e chegou mesmo a passar o teatro das operações para a Península bérica. Estratagema por Cipião, que destruiu as tropas cartaginesas entre 211 e 206 a. C. Com o avanço dos Romanos sobre Cartago, Aníbal, em Itália, foi forçado a acudir à sua cidade natal, mas foi derrotado em Zama no ano de 202. Assinou um acordo de paz pelo qual renunciava a ações militares fora de África sem autorização de Roma, cedendo também a Hispânia (Península Ibérica), que se tornou província romana, para além de ter que pagar um tributo anual. Procurado pelos Romanos para ser preso,fugiu para oriente e suicidou-se (183 a. C.).
Entretanto, Cartago recuperou economicamente, embora mantivesse lutas com Massinisa, rei da Numídia(região do Norte de África), aliado de Roma. Este conflito permanente provocou a intervenção romana.
Iniciou-se, então, a terceira e última guerra púnica, entre 149 e 146. Temendo o renascimento do poderio cartaginês e sentindo a imperiosa necessidade de eliminar definitivamente o único obstáculo ao seu expansionismo, Roma interveio poderosamente em África, sob o pretexto de apoio a Massinisa. Era mesmo uma obsessão do povo romano, que entendia ser Cartago a causa de todos os males do mundo antigo:Catão, célebre tribuno romano, rematava sempre os seus discursos com Ceterum censeo Carthaginemesse delendam ("Penso também que se deve destruir Cartago"), como solução de qualquer problema. Roma exigiu mesmo a Cartago que retirasse a sua capital para o interior, o que foi recusado, reacendendo-se logo os confrontos militares. Em 146, Cipião conquistou a cidade, destruindo-a totalmente (cobriu-a de sal)e vendendo a população como escrava. A região passou a ser província romana, sendo colonizada por populações itálicas. Com esta vitória, Roma concluiu a conquista do Mediterrâneo Ocidental, quando já tinha sob o seu domínio toda a bacia oriental, do Egito à Grécia e à Síria. Começou então, sem hesitações,o imperialismo romano, com o domínio do mundo antigo.
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1ª guerra púnica |
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2ª guerra púnica |
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3ª Guerra Púnica |
Se quiserem saber mais aqui estão alguns dos sites em que me apoiei:
Obrigada pela vossa atenção Beatriz Roque! ;)
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