Mostrar mensagens com a etiqueta hipertelia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta hipertelia. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Veados das Turfeiras - Alce Gigante - Quem é este?

Quem foi esta espécie que o prof. Vicente falou nas aulas?
Fiz uma pesquisa ligeira e foi isto que encontrei:

alce-gigante ou alce-irlandês (Nome científico: Cervus megaceros; Megaloceros, ou seja, “chifres gigantes”) — que, apesar do nome, não era uma espécie de alce — era muito maior do que o alce comum. O tamanho das suas hastes era sensivelmente o dobro do que se observa hoje nas outras espécies de veados, com um peso provavelmente quatro vezes superior: estas mediam 3,5 metros de uma ponta à outra. Viveu em climas frios nas épocas glaciares, juntamente com mamutes e rinocerontes-lanudos. Extinguiu-se no final da última era glaciar. Os machos deveriam travar grandes combates com esses chifres enormes, na disputa de território e de fêmeas. A extinção pode ter sido devida a mudanças súbitas no clima da zona de ocorrência. O alce gigante não tem relação com os alces actuais.

Segundo os paleontologistas, quer o veado quer o gamo são originários de uma primeira espécie de veado de grande porte, com hastes de grande dimensão e com forma palmeada que existiu no período Pliocénico e que habitava as regiões turfeiras do que é hoje a Irlanda - o Cervus megaceros. Estes progenitores da espécie desaparecem, contudo, no fim da época glaciar.

Vejam também esta imagem brutal, que não consigo colocá-la neste post:
http://www.flickr.com/photos/bibliodyssey/3738980372/lightbox/

E esta notícia de finais do século XIX, que achei interessantíssima (leitores, têm de saber inglês senão nada feito):

http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=5034004


Esta imagem também achei gira, malta bióloga. Anatomias engraçadas, estas, dos pseudo alces/veados/seja o que for...

Já agora, complementando, aqui vai mais informação adicional do Wikipedia (sempre muito útil):
Estado de conservação
Pré-histórica
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Artiodactyla
Família:Cervidae
Género:Megaloceros
Espécie:M. giganteus
Nome binomial
Megaloceros giganteus
(Blumenbach, 1799)

Dados do Mamífero
Nome Comum:Alce Gigante
Nome Científico:Megaloceros hibernicus
Época:Pleistoceno
Local onde viveu:Europa, Ásia e norte de África
Peso:Cerca de 1,2 ton
Tamanho:3m de altura nos ombros
Alimentação:Herbívora



    Et voilà!

  Espero que tenham gostado!
       Daniela Freitas.

sábado, 28 de setembro de 2013

Ser Humano, o que é isso?

Bem, depois de ler o que a minha colega Mariana Nunes publicou fiquei sem vontade nenhuma de escrever um post. Para já porque ela tem um sentido de humor negro que nem por sombras é o meu. Aviso desde já que o meu sentido de humor é péssimo. E, co' a breca, ela conhece demasiado bem Alfama, os seus taxistas e as suas gentes para eu poder fazer ironias como essas! É lindo!... Mas não sou eu, e é uma pena. Fico mesmo triste.
Ficámos a saber, quem quiser conhecer/conversar sobre/exterminar os monstros que existem camuflados nas nossas paredes e debaixo das nossas camas, é com ela que teremos de falar. Ou então, tê-los ainda mais... Deixo aqui um peixe Frankenstein :)

Mas vamos lá ao que quero mesmo dizer. Na aula nº3 de HPB, que foi no dia 24 de Setembro e que por acaso calhou a uma terça-feira (sim, eu sou a menina que ainda inicia as lições nos cadernos da faculdade; haver vamos durante quanto tempo), o Joca, que calha a ser aquele indíviduo com ar alienado numa realidade distante e que, vendo bem, é um poço infindável de conhecimentos, falou-nos de... Cuvier! Esse nome não é desconhecido aos estudantes de Biologia... E acabei de ver no Wikipedia que este senhor naturalista foi o "pai" do Catastrofismo. E o porquê disto deveu-se à curiosidade que o fez estudar diversos fósseis ao ponto de através de uma única peça óssea descobrir as outras encaixantes. Do género, "dum dente descobria o tipo de maxilar, do maxilar descobria o crânio, do crânio descobria a coluna..." - palavras do professor. Isto não só possibilitou o estudo das espécies fossilizadas como também possibilitou a diferenciação de espécies, estabelecendo definitivamente, também, o fenómeno da extinção. E, por convenção, chamamos a isto Lei da Correlação das Formas. Pegando no exemplo excelente do Wikipédia :

Cuvier pôde comprovar que as ossadas fósseis de mamutes e mastodontes diferiam das ossadas dos elefantes viventes, asiáticos e africanos, e que portanto pertenciam a espécies distintas.
E disto passámos estranhamente para as Hipertelias. E nas hipertelias não se pode aplicar a lei do Cuvier. E nós, humanos, somos uns bichos hipertélicos. Hipertélicos! E isto quer dizer que somos desporporcionais (o que não é novidade para ninguém, mas agora temos um nome fixe para nos entitularmos).
E nós somos hipertélicos encefálicos! Coisa de cérebros... E o que nos diz a ciência é que somos fetos de primatas que atingem a maturidade sexual. Ser humano é ser isto! Coisa gira...
A coisa já não muito gira é que a nossa quantidade de neurónios e sinapses é brutal em comparação aos outros seres da Natureza. O que faz de nós ABERRANTES.
O melhor de tudo... é que há outro palavrão para nos descrever. Além de hipertélicos encefálicos também somos neoténicos. E porquê? Porque temos características juvenis no estado adulto. E porquê? É uma boa questão. Ficará para a aula nº4!

O que o Joca nos disse quase no fim da aula foi que o nosso sistema nervoso é construído sobre pressões sociais... Ou seja, somos uma das poucas espécies que quando nasce ainda não tem o seu sistema nervoso totalmente desenvolvido. E não sei como que raio é que isto se relaciona com o sermos seres hipertélicos encefálicos neoténicos mas... pelo menos eu fiquei a pensar que este palavriado todo foi causado por uma anomalia genética aquando da reprodução ou mais fixe ainda, devido a um vírus. É que o nosso genoma só difere em +/- 2% do dos primatas! Podemos ir por aí...


Daniela Freitas.